O ministro de Estado da Educação do Brasil, Fernando Haddad anunciou em janeiro que os profissionais da educação no Brasil com diploma universitário ganham salário 2/3 menor do que outros profissionais com a mesma formação. O estudo é do Banco Mundial (BM).
A pesquisa mostra que os professores se tornaram profissionais de baixa categoria no país e consequentemente fica difícil atrair novos estudantes de pedagogia ou licenciatura.
“O que nós estamos pretendendo para a próxima década é diminuir a diferença, se possível zerar, entre o salário médio do docente [de escola pública] com nível superior e o salário médio dos demais profissionais não docentes, porque hoje o professor ganha em média 60% do que ganham os profissionais de outras áreas”.
Os professores que se formam no Brasil, revelou a pesquisa, são do terço inferior do Ensino Médio, ou seja, os jovens com menores notas ao contrário de países com alto desenvolvimento de educação, como Cingapura, Coreia do Norte e Finlândia que são do terço superior do EM.
Ficou evidente ainda a burocracia das escolas públicas brasileiras, onde os professores perdem a maior parte do tempo de suas aulas fazendo atividades fúteis como chamada e recolhendo deveres de casa. No RJ, por exemplo, esse tempo é de 31% e o recomendado pela OCDE (entidade internacional) é de 15%, no máximo.