4 de fevereiro de 2011

Filosofando: HÁ ESPERANÇA

por Fernando Luiz*
        Constantemente ouço frases como “este mundo está perdido”, “como as pessoas se tornaram mesquinhas” e “é o fim do mundo”. Também, não é preciso procurar muito para vermos roubos, assassinatos, casos de estupros, abandono de crianças. Sempre fiquei pasmo com essas coisas e punha-me a questionar o que mais seria possível.
         Entretanto, as tragédias ocorridas na região serrana do Rio me fizeram a reavaliar meus conceitos a esse respeito. Pessoas que perderam casas, o próprio trabalho foi destruído, a família soterrada e as perspectivas pulverizadas. Mesmo em meio a tantas catástrofes a solidariedade humana foi algo mais vigoroso que a tempestade, resistiu mais que as montanhas e serras. O homem foi capaz de esquecer a si mesmo para dobrar-se ao semelhante. O consumismo deu lugar à fraternidade, a ambição econômica se sujeitou ao altruísmo, a mão que auxilia foi mais valorizada que o cartão de crédito.
         Amigos, vizinhos e até desconhecidos se sujeitaram a dias e noites sem descanso não mais para refletir sobre seus problemas, mas para auxiliar os alheios. Pessoas como Luiz Otávio de Sousa, 39 anos, que fizeram da própria dor uma catapulta para lançar-se aos semelhantes. 

*Fernando Luiz é graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia Santa Clara e São Francisco (Mococa-SP) e docente de Ética e Responsabilidade, Filosofia e Sociologia do Colégio UNIESP de Birigui.

O conteúdo publicado nesta coluna é de total responsabilidade do seu autor.
Ele não expressa necessariamente a opinião do grupo F5Brasil.

Então tá: MONSTROS DO ID

        Há um tempo atrás, em um tedioso final de semana, resolvi ir à uma locadora para alugar uns filmes e passar pelo grande tormento que era a "chatice".
        Chegando lá encontrei um filme que me chamou a minha atenção não pela capa, mas pelo seu título... "Onde vivem os monstros”.
        Acabei alugando ele. Estava muito ansioso para assisti-lo e “descobrir” aonde os monstros vivem.
        No filme, um garoto chamado Max briga com sua mãe por se sentir muito sozinho depois do divorcio dos pais. Ele foge com muito ódio, pega um bote e vai para uma ilha onde vivem seis monstros.
        O interessante desse filme é que os monstros são sentimentos como as carências, os ciúmes, as raivas, os medos e o amor que se tornam tão delicados e difíceis de se viver e conviver com eles. Somos seres solitários e amáveis, incompreensíveis e difíceis.
                Mas onde eu quero chegar com tudo isso?
Quero chegar a um cara chamado "Freud". Ele fez um estudo uma vez sobre o nosso "ID".
        Sim, caros mortais... "Existe um lugar que todos temem. Um lugar profundo escuro, terrível. O lugar onde nasce todo o mal do mundo. Todos conhecemos esse lugar. Todos sabemos que ele existe. Mas não queremos lembrar dele. Não queremos porque temos medo... vergonha... aversão... Não queremos lembrar desse lugar maligno porque ele está DENTRO DE NÓS" (Mauricio de Souza. Turma da Mônica Jovem - edição n°15).
        Eu vou explicar isso um pouco melhor: nós temos o “ID”, que podemos colocar como o “diabo”. Ele é o que há de mais obscuro no nosso ser inconsciente - nossas vontades e desejos primitivos como matar aquela pessoinha chata ou dar uns “amassos mais ousados” naquela pessoa que nos atrae. Em compensação temos o “superego” que é o “anjo”,aquele que controla o "ID" com a moral e a educação que recebemos da sociedade (ufa... ainda bem né?!)
        E depois vem o ego... que somos nós mesmos...aquele que sofre a pressão do “fazer ou no fazer”.
        Agora que vocês sabem da mente sombria que temos... tentem controlar o monstro que você tem dentro de você mesmo. Não faça como "Darth Vader", vilão da série “Star Wars”, deixando o lado sombrio vir à tona.
        Nenhum ser humano é livre de defeitos, e todos possuem um lado obscuro. Mas cabe a cada um controlar o seu monstro.
        E a parte mais legal é essa... tentar controlar nosso "monstrengo" feio e cheio de verrugas principalmente na faze em que estamos atravessando... a tão crítica adolescência em que temos todas as nossas crises existenciais, entre o "ID", o superego e o ego.

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